Vamos falar do feminino?
Muitos estudos foram e são realizados para mostrar à mulher seu potencial e sua força de agir, levando-a a enxergar o que é capaz de fazer por si.
Na obra de Clarissa Pinkola, Mulheres que correm com os lobos, encontramos com muita precisão, desde o inicio desse trabalho, a realidade interior da mulher, seu potencial para o despertar a qualquer momento de sua vida, e ser usuária constante de seus instintos, não importando absolutamente nada, nem mesmo a idade.
Ela apresenta 14 histórias, divididas em 14 capítulos, onde a leitora encontrará uma escrita metafórica, envolvida em alegorias e com a utilização, inclusive, de insights poéticos. Tudo para levar a mulher a esse despertar da realidade em que vive e, assim, resgatar sua Alma.
Cada conto apresenta tarefas e instruções claras que a ensina descobrir o que a desanimou e em seguida recuperar seus instintos. Há uma passagem no capitulo 2 em que ela escreve: ''Uma alma faminta…'' -- e é importante frisar esse faminta -- ''...pode ficar tão cheia de dor que a pessoa não consegue suportar mais''.
Neste trecho ela usa a metáfora ''alma faminta'' para falar do suicídio e apresenta a denúncia da necessidade que a mulher tem de realizar algo que lhe dê muito prazer, ao ponto de ela sentir-se andando em cascas de arroz de tanta leveza e bem estar. Ela ilustra com a história da mulher que era a imagem da felicidade, quando tomava o trem ate Chicago e passeava pela Michigan Avenue, usando saias longas com blusas esvoaçantes e um belo chapéu com o qual sentia-se elegante.
A alma da mulher tem necessidade de se expressar, de ser ouvida, não importa o que ela vai dizer, mas ela quer uma companhia que a veja e olhe em seus olhos enquanto ela fala. É importante para ela essa demonstração de atenção que o ouvinte lhe dá. Dai já surge a dificuldade do relacionar-se com o masculino. O homem ouve, e pensa no que a mulher fala mas, na maioria das vezes, não tem o cuidado de olhar para ela enquanto ela fala. A mulher tem o dom de amar o que ou quem ela não conhece!!! Ela se entrega!!!
Após essa entrega ela passa a viver o que o outro possa esperar dela. Ela quer agradar, acredita que assim será amada intensamente e, neste movimento, deixa de lado o que lhe é mais caro: seus instintos.
Ela força viver uma realidade que vai tirando sua alegria, sua beleza, sua inspiração. Ela abandona-se para ser boazinha, como diz a autora, e começa a alienar-se. Esquece a guerreira que habita seu ser. Mulheres, curem-se!!!
Busquem dentro de si a força do despertar da consciência, dando atenção a sua intuição e a seus instintos mais primitivos. Ilumine o que está na escuridão dentro do seu ser e tenham coragem para olhar.
Abandonem a ignorância em que vivem, esperando que o outro vai identificar o ser de luz que você é!!!
''Não tenha medo de investigar o pior. Isso só lhe garante um aumento no poder da sua alma''.
Essa tarefa é sua!!!
Não importa o que já tenha acontecido com o seu feminino ao longo da sua vida, comece a contemplar as horas que tem pela frente! Vamos trilhar esse caminho de descoberta?
Vamos transformar esse ''resto do que um dia foi uma mulher inteira'' e tomar essa vida que está morrendo, encubá-la e devolver ao mundo?
Vamos recuperar isso que aconteceu ''à força da sua alma'' e que ''embora sua vitalidade tenha sido roubada'', sua vida tenha sido esmagada, você não foi destruída por completo e pode voltar a viver.
Estar em um relacionamento, um trabalho, um lugar ou em contato com situações onde não há prazer e reciprocidade é, inconscientemente, agredir-se. É ter seu corpo desmembrado até estar resumido a nada além de esqueleto e pele. A beleza se vai, a identidade se perde, o amor foge e sua capacidade de agir e reagir para consertar o que está fora dos trilhos deixa de existir.
Toda mulher deveria contemplar as diferentes faces da sua personalidade e colher os frutos dessa atitude corajosa. Deveria compreender o que está retirando sua energia, manter-se consciente desse movimento, para em seguida fortalecer-se e agir.
Isso se chama voltar para si mesmo e viver! O maior presente que você pode oferecer a si mesma é o autoconhecimento. Você é a única responsável pela sua mudança!!!
Entre em contato através do Instagram. Vamos falar desse processo evolutivo do despertar em @mulheres.estudodelivro e @desenvolvimentoemente.
Conhecimento e autodesenvolvimento. Por quê?
Quando alguém te pergunta: “fale um pouco de você...”, o que você responde? Tenho observado através de dinâmicas de grupo, especialmente em processos seletivos para emprego, que responder a essa pergunta é complicado para a maioria das pessoas. Deixa de ser complicado conforme você se conhece. Atingir esse objetivo exige percorrer um caminho, uma jornada pessoal em busca de si mesmo. Quem EU SOU, de verdade? Permita-me dar um exemplo.
EU SOU uma energia que tem a permissão de transitar pela Terra buscando esclarecimentos sobre temas invisíveis à maioria das pessoas. Relacionamentos harmoniosos e outros profundamente desequilibrados eram temas que me tocavam sensivelmente a alma. Lembro-me que essa busca começou quando eu tinha cerca de oito anos de idade. Nessa época eu sonhava muito, dormindo e acordada. Era muito observadora, especialmente na escola, mas também junto aos parentes, vizinhos, comércios do bairro.
O tempo foi passando; cresci, e junto com o corpo cresceu também minha sensibilidade. Graduei-me em Filosofia Oriental. Foi um curso intenso que me tornou professora de Hatha Yoga, guiando-me pelo equilíbrio energético, pela cura e pelo autoconhecimento. Voltada para a união entre corpo e mente, resolvendo problemas relacionados à ansiedade, ao estresse, às disfunções motoras, o Hatha Yoga me transformou profundamente. Conheci técnicas que permitiram o fortalecimento do diafragma através da respiração e a conscientização corporal, unindo mente e corpo em uma mesma frequência.
Trabalhei e aprendi muito por um período de dez anos. Neste processo, casei-me e tive filhos. Quando o caçula estava com um ano de idade, ingressei na Faculdade de Psicologia. Uma longa graduação de cinco anos, tão intensa quanto a anterior. Eram quatro filhos, um sogro viúvo aos oitenta anos, compromissos pessoais, um nova graduação universitária e um lar para gerenciar. O cenário não parecia muito promissor. Uma de minhas maiores preocupações era encaminhar para a vida quatro novos seres humanos que estavam aprendendo a viver. A graduação foi concluída normalmente.
Iniciei as atividades em psicologia em um hospital escola, na clínica médica e cirúrgica. Aprendi muito, especialmente o que não fazer. Os atendimentos clínicos individuais me encantavam. Assim, continuei com essa prática em consultório particular segundo o modelo de C. G. Jung e sua formidável abordagem aos sonhos.
Fui convidada a trabalhar em um projeto de inclusão social junto a crianças em um lixão. Não conseguia entendê-los. Parte deles eram familiares de detentos que cumpriam pena na unidade prisional da cidade. O que diziam parecia códigos indecifráveis. E eram mesmo. Vinham dos artigos do Código Penal Brasileiro.
Procurei por uma faculdade onde pudesse cursar as disciplinas de Direito Constitucional, Penal e Processual Penal. Em um dado momento, após apresentar um trabalho prático de Tribunal do Júri, percebi que deveria conhecer as demais áreas do direito. Em 2009 concluí minha terceira graduação, o que me possibilitou atuar dentro da linha da psicologia forense. Pós-graduações vieram cada uma a seu tempo: arteterapia, psicopedagogia e neuropsicologia. Juntas, ajudaram-me a definir caminhos de aprendizagem para o crescimento dos pacientes, compreensão dos núcleos familiares e estratégias de tratamentos.
A busca por autodesenvolvimento esteve presente em todo esse processo. Dúvidas surgem, elas vêm e vão. Viver em equilíbrio físico e espiritual é uma arte. Exige comprometimento e persistência. A vida espera que você dê o primeiro passo. É seu livre-arbítrio. Deixe claro para o universo o que você deseja. E me avise.
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Nossos pensamentos e emoções são como imagens, um retrato de nós mesmos.